O enxerto ósseo é um procedimento cirúrgico bastante adotado na Odontologia. A técnica é utilizada em casos de pacientes que precisam recorrer a implante dentário, mas não possuem osso com quantidade ou qualidade suficiente para a implantação.
Quando se perde um ou mais dentes, os ossos alveolares, que antes sustentavam os dentes perdidos, acabam entrando em processo de reabsorção, diminuindo em espessura e altura. É uma adaptação fisiológica, como se o organismo entendesse que aquele osso não é mais necessário.
Essa reabsorção óssea, que também pode acontecer em casos de doença periodontal e traumas, dificulta e restringe as possibilidades de reabilitação, seja ela por próteses convencionais ou suportadas por implantes dentários. É nesse cenário que se recorre ao enxerto ósseo para garantir quantidade e qualidade óssea para a reabilitação oral.
Tipos de material
O enxerto pode ser feito utilizando osso do próprio paciente, de bancos de tecidos humanos (controlados pelo Sistema Nacional de Transplantes), de origem animal ou material sintético.
Enxerto autógeno: é o osso do próprio paciente, retirado de outras partes do corpo, como a mandíbula, por exemplo.
Enxerto alógeno ou homógeno: é de origem humana, proveniente de banco de osso. A Anvisa e o Sistema Nacional de Transplantes são responsáveis pela regulamentação da utilização do Banco de Tecidos para o cirurgião-dentista. O material é biologicamente seguro e passa por testes imunológicos.
Enxerto heterógeno ou xenógeno: originado de outra espécie, como o osso de origem bovina, por exemplo.
Enxerto aloplástico: de origem completamente sintética. Em alguns casos, após a cirurgia de enxerto ósseo, é necessário esperar de 4 a 6 meses para que a regeneração ocorra. Ao ocorrer a regeneração, o que foi enxertado é integrado ao osso.